Santuários de Schoenstatt: 100 anos de fundação

 

Norte Pioneiro tem duas capelas dedicadas à Mãe Rainha Vencedora Três Vezes Admirável

As comunidades de Jacarezinho e Cornélio Procópio estão em contagem regressiva para as celebrações do centenário de fundação do Movimento Apostólico de Schoenstatt que vão acontecer no próximo dia 18, sábado, em dezenas de países. As duas cidades do Norte Pioneiro estão entre as 22 do Brasil, sendo cinco no Paraná, que têm uma réplica do Santuário Mãe, Rainha e Vencedora Três Vezes Admirável de Schoenstatt, que se tornou uma das denominações de Nossa Senhora.

Em Jacarezinho, será inaugurado o portal do centenário. A passagem pelo monumento vai simbolizar o início de um novo período jubilar. Dom Antonio Braz Benevente deve celebrar uma missa, às 17 horas.

A programação comemorativa de Cornélio Procópio ganha o apoio da prefeitura que aproveita a data para lançar um projeto de incentivo ao turismo religioso no município, com a colocação de uma placa no santuário. Às 15h30 uma carreata sai da Catedral até a sede do santuário. Está prevista também a inauguração de uma peça criada pelo artista Ademir Balela em homenagem ao centenário.

O movimento foi fundado pelo padre Joseph Kentenich no dia 18 de outubro, na cidade de Vallendar, no Vale de Schoenstatt, na Alemanha. Ele estabeleceu uma Aliança de Amor com a Virgem Maria, pela qual a Mãe de Jesus pode ser compreendida como um instrumento de conversão, de aproximação das pessoas à fé cristã. O padre criou uma capela que se transformou na identidade visual do movimento. Hoje, há 195 réplicas do santuário em dezenas de países. As capelas têm o mesmo tamanho, cerca de 50 metros quadrados e o mesmo formato, em qualquer lugar. A primeira réplica surgiu na década de 1940 no Uruguai.

Irmã Jacinta Donati, que é assessora do movimento em Jacarezinho, explica que essa identidade demonstra que o movimento hoje está "globalizado".

Embora haja a identidade estética dos santuários, a irmã destaca que o movimento tem a sua força maior na espiritualidade, buscando a renovação religiosa e moral das pessoas por meio da educação. "O nosso trabalho é colaborar na renovação do mundo em Cristo por Maria. O movimento é mariano e apostólico, que tem uma pedagogia própria. Nós trabalhamos a renovação da sociedade a partir da renovação da família", afirma a irmã Jacinta.

Segundo ela, o movimento reúne sacerdotes, irmãs e leigos que trabalham com pessoas de todas as idades, principalmente famílias e jovens, e mantém presença em escolas, creches, hospitais, presídios e outros ambientes.

MÃE PEREGRINA
O movimento ganhou maior impulso na década de 1950, quando uma imagem da Mãe Rainha começou a peregrinar pelas residências de Santa Maria, no Rio Grande do Sul. Este trabalho foi iniciado pelo diácono João Luiz Pozzobon, que visitou as famílias durante 35 anos, sem interrupção. A iniciativa se multiplicou e hoje milhares de imagens da Mãe Peregrina visitam famílias todos os meses em várias partes do mundo. O diácono é candidato a santo. A processo de canonização foi iniciado há 20 anos.

Eli Araujo
Reportagem Local-FOLHA DE LONDRINA