Osmar não define se disputa ou não o Governo do Paraná

Pressionado de todos os lados, o senador Osmar Dias (PDT) adiou mais uma vez o anúncio de sua decisão sobre a candidatura ao governo do Paraná. A conversa com o PMDB e o PT progrediu a ponto de o governador Orlando Pessuti (PMDB) admitir a retirada da candidatura ao governo (leia mais na página 4) para possibilitar a construção do palanque único para a ex-ministra Dilma Rousseff no Paraná. Porém, no momento decisivo, Osmar, inesperadamente, refluiu.

Uma visita do ex-prefeito de Curitiba Beto Richa, pré-candidato do PSDB ao governo fizeram o senador repensar uma decisão que já estava quase tomada. Um dos argumentos dos tucanos é que o pedetista não teria o PMDB por inteiro ao seu lado.
Os deputados Alexandre Curi e Luiz Claudio Romanelli e o prefeito de Castro, Moacir Fadel, presidente da Associação dos Municípios do Paraná, foram as provas apresentadas por Beto para mostrar que o PMDB está dividido e não daria o suporte que ele espera do partido do governador.

Os deputados e o prefeito defendem o apoio do PMDB a Beto Richa, mesmo com o presidente nacional do partido, Michel Temer, indicado como o candidato a vice-presidente na chapa da ex-ministra Dilma Rousseff.
Os dois deputados acham que podem encaixar o ex-governador Roberto Requião no acordo e Romanelli sinalizou que poderá propor o apoio a Beto na convenção do PMDB, marcada para o dia 27.

Como Osmar Dias sempre desconfiou que o PT também não iria vestir cem por cento a camisa de sua candidatura ao governo, as dúvidas se instalaram. Outra incerteza do senador diz respeito ao comportamento do governador Roberto Requião (PMDB).
Chegou ao senador a informação de que Requião estava pronto a atacá-lo, assim que fechasse o acordo com Pessuti. Apesar de, dias antes, Requião ter telefonado ao senador e concordado com a aliança, Osmar colocou as barbas de molho. Os dois foram adversários em 2006 e as feridas ainda não estão totalmente cicatrizadas.

As suspeitas de infidelidade e a falta de uma estrutura de campanha comparável a que Beto Richa vem montando assustaram o senador. Ontem à tarde, ele se recolheu.
Segundo gracejou o presidente estadual do PDT, Augustinho Zucchi, o senador estava em “Lins”, ou seja, em lugar incerto e não sabido. “Estamos esperando a decisão dele”, afirmou Zucchi.

Pausa

O senador Osmar Dias já estaria preparado para tornar pública sua definição por uma candidatura ao Senado na aliança tucana quando recebeu um telefonema do presidente nacional do PDT, Carlos Lupi.
Segundo relatos ouvidos por O Estado, Lupi ponderou com o senador que não se abandona uma candidatura ao governo com cinco partidos (PMDB, PT, PC do B, PR e PSC), além do PDT, para se concorrer ao Senado.

Lupi também teria argumentado que as chances do senador pedetista vencer o candidato tucano são muitas e que a participação do presidente Lula como seu cabo eleitoral poderia fazer a diferença no Paraná.
Assim como dividir o palanque com a ex-ministra Dilma Rousseff, que está em fase de crescimento no Estado, segundo as pesquisas de intenções de votos. O presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra, também conversou com o senador Osmar Dias, assim como também o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo. Fonte: www.paranaonline.com.br

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