Cornélio Procópio: Amin determina o corte de seringueiras do centro da cidade
O comprometimento da infra-estrutura de calçadas, casas comerciais e via férrea e a presença do grande número de andorinhas que nesta época do ano provocam transtornos a comerciantes e transeuntes do centro da cidade levaram o prefeito de Cornélio Procópio, Amin Hannouche, a decretar o corte de duas seringueiras com mais de trinta anos.
Nesta segunda-feira, ele reuniu a imprensa em seu gabinete e, em companhia de representantes do IAP (Instituto Ambiental do Paraná), Saúde, Vigilância Sanitária e profissionais ligados ao meio ambiente, anunciou o corte das árvores, uma delas na esquina das avenidas Paraná com 15 de Novembro e outra na Avenida Marechal Deodoro.
“Nos últimos anos, vínhamos recebendo várias reclamações de comerciantes, inclusive, com abaixo-assinados, tentando encontrar soluções paliativas para não removê-las. Agora, chegou um momento em que não temos mais o que fazer e a saída é a remoção das árvores, apesar do transtorno que vamos causar para a população. Vamos erradicá-las em plantar outras espécies que não causem o transtorno que tem acontecido ali”, explicou Amin.
Embora chamem a atenção, principalmente de quem vem de fora, por permanecerem todos os dias em um mesmo lugar, o bando andorinhas migratórias causa transtornos à população e comerciantes que têm seus negócios nas proximidades. Nesta época, os pássaros migram devido ao clima, e podem ser vistos em cabos de energia elétrica e, maior número, durante os finais de tarde, na seringueira da Praça dos Ferroviários, sujando calçadas, bancos e até os orelhões daquela área.
Resistência - Ao anunciar o corte das árvores, o prefeito Amin admitiu que poderá se deparar com opiniões contrárias vindas de alguns setores ambientalistas. “Isto não está sendo tratado em 2011. Este é um assunto que vem desde 2005, quando assumi a prefeitura. as pessoas já vinham reclamando e pedindo providências. A solução agora é a retirada das árvores e a execução de um trabalho de infra-estrutura urbana com o plantio de novas mudas e adequação do município a uma qualidade de vida melhor”, complementou.
De variedade exótica, originária da Ásia e Indonésia, a Seringueira já tem contra si uma legislação específica que recomenda a sua retirada, principalmente quando estiver causando transtornos para a população. Segundo o chefe do Escritório Regional do IAP, Devanil José Bonni, existe uma lei que dá autonomia ao município de fazer retirada de espécies que estejam dentro de logradouro público. “O ponto de vista do IAP é o da legalidade.
A competência para tirar ou autorizar qualquer coisa neste sentido é do município. É ele que tem total autoridade para fazer a retirada”, esclareceu Bonni.
A competência para tirar ou autorizar qualquer coisa neste sentido é do município. É ele que tem total autoridade para fazer a retirada”, esclareceu Bonni.
Das duas árvores que serão cortadas, a que mais chama a atenção é mesmo a da Praça dos Ferroviários. De acordo com o engenheiro da Amusep, Wellington Voltolini, problemas relacionados às fundações das construções das proximidades já foram detectados, com danos nas galerias pluviais pela penetração das raízes nas tubulações. Também há o perigo de queda dos pesados galhos ou, com vento mais forte, da própria árvore, colocando em risco a vida das pessoas que passam sob ela. A retirada já deve começar nos próximos dias. (Ataíde Cuqui)
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