Governo firma convênios para qualificar trabalhadores
O investimento na qualificação dos 2,5 mil trabalhadores será de R$ 2 milhões, compartilhados entre os governos estadual e federal, por meio do Plano Territorial de Qualificação (Planteq), do Ministério do Trabalho. Serão atendidos trabalhadores inscritos nas 252 Agências do Trabalhador do Paraná. A prioridade é para mulheres chefes de família, pessoas com mais de 40 anos, pessoas com deficiência, desempregados de longa data e jovens que procuram o primeiro emprego. Todos os cursos oferecidos serão reconhecidos e certificados pelo MTE.
“É uma iniciativa do nosso governo que mostra a preocupação do Paraná com a qualificação dos nossos trabalhadores e colabora para evitar o iminente apagão de mão de obra qualificada. Uma ação de parceria que responde de pronto a uma necessidade do Estado e nacional”, disse o governador. Richa afirmou que o Paraná vive um momento extraordinário de desenvolvimento e que diversas indústrias têm procurado o governo para se instalar no Estado, o que exige profissionais capacitados e qualificados.
Para o secretário Luiz Claudio Romanelli, é fundamental que o Paraná tenha um sistema estadual de qualificação profissional e um fundo nos moldes do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), para dar sustentabilidade ao financiamento da política pública de profissionalização do trabalhador. “São projetos que serão enviados para a Assembleia Legislativa no próximo semestre. O Paraná está preocupado com a geração de empregos e renda de qualidade”, disse o secretário.
Ele espera que com as ações o Paraná dê um salto qualitativo no que se refere ao trabalho e emprego, contribuindo para o desenvolvimento e melhorando a qualidade de vida da população de baixa renda. Romanelli apresentou alguns números do setor, que indicam o avanço da geração de empregos no Estado. “O Paraná gerou no mês de maio mais de 16 mil novos empregos com carteira assinada. Um dado importante que mostra o novo ambiente de desenvolvimento do Estado”, disse.
CURSOS – Os cursos serão ministrados pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (Senat), Instituto Federal do Paraná (IFPR) e Fundação de Ensino Técnico de Londrina (Funtel).
Marco Antonio Gulin, presidente do Conselho Regional do Sest/Senat, disse que é fundamental a qualificação de profissionais que já estão ou irão entrar no mercado de trabalho. “O sistema de transporte está sofrendo com a falta de trabalhadores qualificados, principalmente de motoristas. Este programa ajudará a reformular nosso quadro de profissionais”, afirmou. Ele destacou que, devido à realização da Copa do Mundo no Brasil em 2014, o sistema pretende oferecer curso de inglês básico para os profissionais.
O Senai irá atender 918 trabalhadores, em 55 turmas e 52 municípios do Paraná. Serão ofertados cursos para indústria de transformação, construção civil e em arranjos produtivos locais de software. O Senat vai capacitar os 390 trabalhadores do transporte, com especialização em condutor de veículos de transportes de produtos perigosos, operador de empilhadeira e condutor de veículos de transporte coletivo de passageiros.
O IFPR vai atuar com 240 profissionais nas áreas de economia solidária, uma forma de produção e comercialização sustentável de bens e para a execução do programa de certificação profissional. A outra ação será desenvolvida pelo Funtel e será voltada para serviços, indústria e construção civil. Serão atendidos 240 trabalhadores, em 16 municípios do Paraná.
Os trabalhadores não atendidos por esses convênios poderão fazer cursos oferecidos por meio de outras parcerias que já foram firmadas com o Sistema S.
QUALIFICA PARANÁ – O Qualifica Paraná é um programa idealizado e desenvolvido pela Secretaria Estadual do Trabalho e os convênios firmados nesta quarta-feira são a primeira de uma série de ações que o governo do Paraná irá realizar. O novo programa estadual prevê diversas modalidades de atuação, como bolsa qualificação; feiras do conhecimento (com cursos de 12 a 16 horas de duração); cursos a distância com 100 telessalas, nas Agencias do Trabalhador; programa Projovem, que oferece bolsa-qualificação para jovens excluídos da escola e da formação profissional, oriundos de famílias de baixa renda; e o plano de certificação profissional, para certificar os saberes adquiridos ao longo da vida profissional do trabalhador.
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