BRASIL SEM MISÉRIA
Brasil tem a primeira
geração de crianças sem fome, diz ministra
O Brasil passou a ter a primeira geração de crianças sem
fome, segundo a ministra do Desenvolvimento Social, Tereza Campello, durante a
abertura da 4ª Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional +2, em
Brasília. A ministra apresentou os avanços conquistados pelo Brasil Sem Miséria,
as perspectivas para o país continuar superando a pobreza e a evolução dos
indicadores sociais da última década.
A Conferência foi realizada pelo Conselho Nacional de
Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), em parceria com o Ministério do
Desenvolvimento Social (MDS) e a Câmara Interministerial de Segurança Alimentar
e Nutricional (Caisan), e reuniu cerca de 350 representantes da sociedade
civil, do governo, dos estados e de organizações internacionais, como a
Organização das Nações Unidas (ONU) e a Fian Internacional – entidade voltada à
defesa dos Direitos Humanos, com status consultivo na ONU.
O Programa Nacional de Alimentação Escolar já beneficiou 43
milhões de estudantes da rede pública. Segundo a ministra, o Plano Brasil Sem
Miséria e os programas de transferência de renda, a redução dos índices de
desnutrição e da mortalidade infantil e a manutenção das crianças nas escolas
contribuem para a evolução dos indicadores sociais brasileiros.
A redução da extrema pobreza, a ampliação das tecnologias
sociais, a diminuição da insegurança alimentar, o fortalecimento de estratégias
intersetoriais de promoção alimentar adequada e saudável e a ampliação de
programas voltados para agricultura familiar são avanços reconhecidos. “Já
estamos vivendo a primeira geração de crianças sem fome no Brasil, com acesso à
alimentação, à escola e a serviços”, disse a ministra.
“A aprendizagem não
ocorre quando a criança está desnutrida. Portanto, além do desenvolvimento
físico há também o desenvolvimento mental. Ele é maior, ele é completo, quando
a pessoa é bem nutrida”, pondera o deputado estadual Professor Lemos (PT).
Conforme o deputado, esse resultado não é bom apenas para a autoestima do
brasileiro, mas para o desenvolvimento do país. “Porque também a nossa economia
é alterada para melhor quando a sua população é bem nutrida. O país cresce e se
desenvolve”, completa.
Tereza Campello comemorou o fato de o Brasil ser um dos
primeiros países da América Latina a superar os índices de desnutrição,
mortalidade infantil e conseguir a manutenção das crianças nas escolas, por
meio de políticas públicas, em parceria com a sociedade civil. “Estamos a um
passo de comemorar a superação da desnutrição aguda no País. O Brasil que
encontramos em 2003 não existe mais”, ressaltou a ministra.
“O Brasil de hoje é um Brasil diferente, que se insere num
mundo de cabeça erguida de modo soberano, que é enxergado de fora com outro
olhar e que passa a receber investimentos produtivos. Diferente do passado que
recebia apenas investimentos especulativos. Hoje, o Brasil está na quarta
posição, chegando à terceira no ranking internacional em captação de investimentos
estrangeiro produtivo”, avalia Lemos.
Ao apresentar a evolução dos indicadores sociais da última
década, a ministra disse que o País tem estabelecido metas ousadas, o que
coloca o país em outro patamar de desenvolvimento. “O Brasil reduziu a pobreza,
de 24,25%, em 2002, para 8,55%, em 2012. E a extrema pobreza caiu de 8,8% para
3,5%, no mesmo período. O investimento do governo federal nas políticas de
segurança alimentar e nutricional quintuplicou entre 2004 e 2013. Nesse
período, o orçamento na área saltou de R$13,4 bilhões para R$ 77 bilhões. Entre
2011 e 2013, o governo Dilma duplicou o orçamento”, afirmou.
“O Brasil é uma
referência mundial. Todos querem saber como conseguimos tantos avanços em tão
pouco tempo. Reduzimos a pobreza e as desigualdades sociais, valorizamos o
salário mínimo, aumentamos a renda dos brasileiros e melhoramos a qualidade de
vida das mulheres, dos pretos e pardos e das populações mais pobres que vivem
nas periferias”, ressaltou a ministra.
Kely Bezerra - 'Agência Notícias/PR'
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