DEPUTADO ROMANELLI É DESTAQUE EM SITE DE BRASÍLIA
Congresso
em Foco publica artigo de Romanelli
Site
jornalístico cobre as notícias dos principais fatos políticos do
Congresso Nacional federal com o objetivo de auxiliar o leitor a
acompanhar o desempenho dos representantes eleitos
O
deputado estadual Luiz Claudio Romanelli (PMDB) do Paraná foi
destaque no portal Congresso em Foco, site jornalístico ligado ao
UOL, que faz uma cobertura apartidária do Congresso Nacional e dos
principais fatos políticos da capital federal. O objetivo do portal
é de auxiliar o leitor e o eleitor a acompanhar o desempenho dos
representantes eleitos, contribuindo para melhorar a qualidade da
representação política no país.
No
artigo, disponível em
http://congressoemfoco.uol.com.br/noticias/outros-destaques/discriminacao-ao-parana/,
Romanelli combate a discriminação que o Paraná vê sofrendo pela
Secretaria do Tesouro Nacional (STN), que culminou com a expedição
de convite, da Assembleia Legislativa do Paraná, para que o
secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, dê explicações e
motivos dos bloqueios aos empréstimos ao Paraná que superam R$ 2,4
bilhões.
Congresso
em Foco foi o vencedor do Prêmio
Esso de Melhor Contribuição à Imprensa em 2009 e experimenta,
desde o seu lançamento (em fevereiro de 2004), crescimento constante
e acentuado da sua audiência e influência.
Confira
abaixo a íntegra do artigo do deputado Romanelli, publicado no
Congresso em Foco.
Discriminação
ao Paraná
“É
preciso entender porque estados com condição financeira e fiscal
graves, o que não é caso do Paraná, estão recebendo empréstimos
e o Paraná não”
Luiz
Claudio Romanelli*
Não
há uma explicação plausível em relação à discriminação que o
Paraná está sofrendo do governo federal em relação aos
empréstimos estaduais pleiteados aos agentes financeiros nacionais e
internacionais e que dependem do aval da União. Num rápido
levantamento, o jornal “Gazeta do Povo” revelou que o estado é a
unidade da federação com menos autorizações para realizar
empréstimos do país. O Paraná recebeu aval da Secretaria do
Tesouro Nacional (STN) para apenas duas operações, que somam R$
953,5 milhões. Outras cinco, que chegam a R$ 2,4 bilhões, ainda
estão bloqueadas.
O
Paraná está em último lugar ao compararmos o volume de recursos
das operações e os habitantes de cada estado. Nesse caso, a STN
autorizou R$ 87 por paranaense – 44 vezes menos do que os R$ 3.859
liberados por morador do Amapá, que ocupa o topo do ranking. Em
relação ao Produto Interno Bruto de cada estado, o volume de
empréstimos liberados para o Paraná corresponde a 0,4% do seu PIB.
O índice mais próximo é o de São Paulo – 1,5%. No Amapá, esse
porcentual cresce para 31,6%.
Se
o Amapá, estado da região norte, não vale a comparação pelos
números de sua economia e densidade populacional, apresento os
valores liberados aos estados do sul. O Rio Grande do Sul – de
população equivalente e economia similar ao Paraná – teve R$ 4,8
bilhões liberados no período e Santa Catarina, com pouco mais
metade da população paranaense, outros R$ 9,8 bilhões. Na
proporção, cada gaúcho recebeu R$ 435 e cada catarinense, R$
1.474.
Acredito
que os recursos recebidos pelo Amapá, Rio Grande do Sul e Santa
Catarina – e até pelo Maranhão que acaba de ter R$ 1 bilhão
liberado nessa semana – valem cada centavo se traduzidos em obras e
ações eficazes ao povo de cada estado. Só é preciso entender
porque estados com condição financeira e fiscal graves, o que não
é caso do Paraná, estão recebendo empréstimos e o Paraná não.
Outro
exemplo da discriminação: o Paraná é o único estado, entre os 26
da federação, que não que não recebeu os recursos do Proinveste
(programa de apoio ao investimento dos estados). São R$ 817 milhões
retidos junto ao Banco do Brasil – recursos esses que deviam estar
liberados por determinação do Supremo Tribunal Federal, decisão
que até hoje ainda não foi cumprida pela STN. As alegações são
sempre burocráticas (e sempre cumpridas pelo Paraná) e até o
caráter de excepcionalidade garantido a outros estados, não se
aplica quando se trata do Paraná.
O
paradoxo de toda situação é que o Paraná se tornou um excelente
parceiro de programas federais como o Minha Casa, Minha Vida,
Pronatec, PAA, entre outros. O Paraná está fazendo um programa de
100 mil casas em quatro anos porque oferece a contrapartida do
governo do Estado. Outro programa federal, o PAA-Compra Direta,
investe R$ 92 milhões e atende 10,8 mil agricultores e 320
entidades, em três anos.
Esses
são alguns exemplos que explicam porque a retenção dos recursos
pleiteados afeta em muito o conjunto de ações e programas
desenvolvidos no Paraná. Os pedidos de empréstimos e aval são para
projetos relevantes do ponto de vista social. São programas
estruturantes para combater a pobreza extrema, seja através do
Família Paranaense, meio ambiente, agricultura e para a área de
segurança pública e ainda para obras de infraestrutura.
São
ações absolutamente estratégicas ao Paraná porque o estado vive
um ciclo de crescimento sem precedentes e precisa desses recursos. O
Paraná está recebendo R$ 30 bilhões em investimento privados num
ambiente de confiança do setor produtivo. São R$ 160 mil novos
empregos que estão sendo criados na área industrial, sem falar nos
362 mil empregos criados com carteira assinada nos últimos três
anos. E isso tipo de resultado que deveria pautar a liberação ou
não dos empréstimos.
Mais
um e último argumento: no ano passado, o Paraná recolheu R$ 64
bilhões em tributos federais para União, só através da Receita
Federal. Desse montante, retornaram apenas R$ 21 bilhões ao estado.
Ou seja, nós temos que tentar entender o que é que está
acontecendo em relação ao Paraná. Já está claro que não tem
discriminação contra os governos do PSDB, mas tem discriminação
contra o Paraná.
*Luiz
Claudio Romanelli, advogado, é especialista em gestão urbana e
deputado estadual pelo PMDB-PR
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