MÉRITO

Pianista paranaense vence categoria Revelação do Prêmio da Música Brasileira


 

Luiz Guilherme Pozzi, de Cornélio Procópio, foi premiado com o álbum “Brahms e Liszt: Piano Sonatas”, gravado na Capela Santa Maria

O pianista paranaense Luiz Guilherme Pozzi venceu a categoria Revelação do 26º Prêmio da Música Brasileira, cuja cerimônia de entrega foi realizada nesta quarta-feira (10), no Theatro Municipal do Rio de Janeiro.
O músico foi premiado pelo álbum “Brahms e Liszt: Piano Sonatas”, gravado em maio de 2012, na Capela Santa Maria, em Curitiba. O pianista gravou a “Sonata Op. 5”, de Johannes Brahms, e “Sonata em Si Menor”, de Franz Liszt. Leia a crítica do disco, publicada na Gazeta do Povo.
Nascido em Cornélio Procópio, no Norte do Paraná, Pozzi começou a estudar piano aos 12 anos. Aos 15, se mudou para Curitiba, onde foi aluno da pianista Olga Kiun e do maestro Osvaldo Colarusso e se formou em piano pela Escola de Música e Belas Artes do Paraná. Depois, o músico se especializou na Europa durante seis anos e posteriormente se tornou mestre em música pela Unicamp. Atualmente, faz um doutorado sobre os concertos para piano de Brahms na USP.

Categoria

Nos últimos anos, o prêmio de Revelação vinha sendo entregue a artistas da nova música popular brasileira como Bixiga 70 (2014), Rodrigo Campos (2013), Criolo (2012) e Luísa Maita (2011). Em 2015, Pozzi concorreu com o violonista Jean Charnaux e com o grupo baiano As Ganhadeiras de Itapuã, destaque na premiação ao levar os troféus de Melhor Álbum e Melhor Grupo na categoria Regional. A categoria Álbum Erudito foi vencida pela Osesp, com o disco “Villa-Lobos: Sinfonia N.° 10, Ameríndia”.
Pozzi recebeu o troféu das mãos de outro paranaense, o ator Alexandre Nero, escalado para apresentar a cerimônia do prêmio.

Vencedores

Não houve um vencedor absoluto na 26.ª edição do prêmio. Foram 106 indicados em mais de 30 categorias, de projeto visual a MPB, passando por samba, canção popular, instrumental e a ampla categoria pop, rock, reggae, hip hop e funk.
Ney Matogrosso venceu dois prêmios na categoria pop, rock, reggae, hip-hop e funk: melhor álbum e melhor cantor, ambos pelo disco “Atento aos sinais – Ao Vivo”).
O bandolinista Hamilton de Holanda ganhou pela 9.ª e 10.ª vez, respectivamente, os prêmios de melhor álbum instrumental e melhor solista instrumental.
Mônica Salmaso teve o maior número de indicações, mas levou apenas um prêmio, o de melhor cantora de MPB.

Homenagem

A cerimônia do Prêmio da Música Brasileira foi dedicada à cantora Maria Bethânia, que completa 50 anos de carreira. Com roteiro de Zélia Duncan e direção geral de José Maurício Machline, idealizador do Prêmio, a noite teve a entrega dos prêmios, apresentações de músicas que marcaram a carreira de Bethânia e leituras de textos poéticos.
Bethânia participou da homenagem cantando “Carcará” (João do Vale), interpretação que deu início à sua carreira profissional, aos 17 anos, “O quereres” (Caetano Veloso), “Fera Ferida” (Roberto e Erasmo Carlos), “Explode Coração” (Gonzaguinha) e “Vento de Lá” (Roque Ferreira)
Nervosa, errou a letra de “O Quereres”. Ao final da canção, riu e pediu desculpas. “Mil perdões. Esta noite eu tinha que errar”, disse ela.
Artistas cantaram canções do repertório de Bethânia em sua homenagem. Alguns deles, como seu irmão, Caetano Veloso, e Adriana Calcanhotto escolheram músicas que compuseram especialmente para ela.
Além deles passaram pelo palco Chico César, Arnaldo Antunes, Nana e Dori Caymmi, Johnny Hooker, entre outros.
Os momentos altos foram a interpretação de “Negue” feita por Alcione, Roque Ferreira e Fabiana Cozza cantando “O Vento de Lá” e a apresentação de Mariene de Castro.
Sentada na plateia, Bethânia se emocionou com as interpretações de músicas que marcaram sua carreira, como “Rosa dos Ventos”, que foi cantada por Zélia Duncan. Aplaudiu de pé algumas interpretações, como a de “Negue” feita por Alcione, e cantou junto com Roque Ferreira e Fabiana Cozza a música “Imbelezô Eu”.
Uma série de problemas atrapalharam o espetáculo. Além do erro de Bethânia, o microfone falhou algumas vezes. Juca Ferreira, que abriu o espetáculo, ficou fora do refletor.

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