ATIVIDADE PARLAMENTAR: DEPUTADO FEDERAL ALEX CANZIANI
Educação profissional é boa, falta disponibilizar
Lucchesi: educação profissional de qualidade, mas...
O
Brasil conquistou este ano o primeiro lugar no maior torneio mundial de
educação profissional – o “WorldSkills”. Competindo contra delegações
de 61 países, a equipe brasileira ficou em primeiro lugar no ranking
total de pontos e maior número de medalhas: 11 de ouro, 10 de prata, 6
de bronze e 18 diplomas de excelência. Eles se destacaram em provas de
habilidades técnicas, individuais e coletivas para executar as tarefas
da profissão dentro de padrões internacionais de qualidade.
Apesar do resultado extraordinário, apenas 8,4% dos jovens brasileiros fazem ensino profissional junto com ensino médio, enquanto na União Europeia a média é 49,9% (na Áustria chega a 76,8%). Para o diretor-geral do Senai, Rafael Lucchesi, essa é razão para o baixa competitividade das empresas brasileiras.
“Significa dizer que precisa cinco trabalhadores brasileiros para produzir o mesmo que um norte-americano e três que um trabalhador sul-coreano”, comparou Lucchesi na palestra Desafios da Educação Profissional no Brasil, promovida nesta quarta-feira pela Frente Parlamentar da Educação do Congresso Nacional, na Câmara dos Deputados.
Segundo ele, o País não tem uma ética social que valoriza o trabalho, e no passado a educação profissional era considerada uma alternativa para jovens desafortunados. Sem sorte, diz ele, é um país que tem mais de cinco milhões de jovens que nem estudam, nem trabalham e não estão procurando emprego.
MUDANÇA – A boa notícia, atenua Lucchesi, é que começa haver uma mudança nessa realidade. Uma pesquisa recente indica que 82% dos brasileiros já acreditam que a educação profissional pode melhorar sua inserção profissional. Outro levantamento, acrescenta ele, mostra que os empresários apontam a educação como principal fator de competitividade, acima de questões tributárias e de infraestrutura.
Outro alento, aponta o diretor do Senai, é o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), iniciativa do governo federal que financia cursos de capacitação profissional ofertados de forma gratuita por instituições das redes federal, estaduais e municipais de educação profissional e tecnológica. Também são ofertantes as instituições do Sistema S, como o Senai, Senat, Senac e Senar. Essa nova realidade se traduz na expansão da educação profissional: o Senai saltou de 2,3 milhões de matrículas, em 2010, para 3,6 milhões em 2014.
“Nós temos, no Brasil, a condição de oferecer uma educação profissional de excelência. Sabemos fazer isso. O que nós precisamos é dar oportunidade para que a juventude brasileira possa desfrutar dessa competência gerada e estruturada no Brasil e prover isso para suas oportunidades de inserção profissional e ajudar a construir o Brasil do futuro dando mais competitividade às empresas brasileiras”, concluiu Lucchesi.
DESAFIO – Ao final da exposição, o presidente da frente, deputado Alex Canziani (PTB-PR), desafiou o diretor do Senai a incorporar a formação de professores na agenda de capacitação do Sistema S. “O maior desafio do Brasil é a educação e o professor é peça chave nesse desafio. O Brasil precisa mudar a formação de professores do País. Por que o Senai não contribui para utilizar essa competência para formar o professor que o Brasil precisa?”, questionou ele.
Ouça a íntegra da palestra clicando aqui.
Apesar do resultado extraordinário, apenas 8,4% dos jovens brasileiros fazem ensino profissional junto com ensino médio, enquanto na União Europeia a média é 49,9% (na Áustria chega a 76,8%). Para o diretor-geral do Senai, Rafael Lucchesi, essa é razão para o baixa competitividade das empresas brasileiras.
“Significa dizer que precisa cinco trabalhadores brasileiros para produzir o mesmo que um norte-americano e três que um trabalhador sul-coreano”, comparou Lucchesi na palestra Desafios da Educação Profissional no Brasil, promovida nesta quarta-feira pela Frente Parlamentar da Educação do Congresso Nacional, na Câmara dos Deputados.
Segundo ele, o País não tem uma ética social que valoriza o trabalho, e no passado a educação profissional era considerada uma alternativa para jovens desafortunados. Sem sorte, diz ele, é um país que tem mais de cinco milhões de jovens que nem estudam, nem trabalham e não estão procurando emprego.
MUDANÇA – A boa notícia, atenua Lucchesi, é que começa haver uma mudança nessa realidade. Uma pesquisa recente indica que 82% dos brasileiros já acreditam que a educação profissional pode melhorar sua inserção profissional. Outro levantamento, acrescenta ele, mostra que os empresários apontam a educação como principal fator de competitividade, acima de questões tributárias e de infraestrutura.
Outro alento, aponta o diretor do Senai, é o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), iniciativa do governo federal que financia cursos de capacitação profissional ofertados de forma gratuita por instituições das redes federal, estaduais e municipais de educação profissional e tecnológica. Também são ofertantes as instituições do Sistema S, como o Senai, Senat, Senac e Senar. Essa nova realidade se traduz na expansão da educação profissional: o Senai saltou de 2,3 milhões de matrículas, em 2010, para 3,6 milhões em 2014.
“Nós temos, no Brasil, a condição de oferecer uma educação profissional de excelência. Sabemos fazer isso. O que nós precisamos é dar oportunidade para que a juventude brasileira possa desfrutar dessa competência gerada e estruturada no Brasil e prover isso para suas oportunidades de inserção profissional e ajudar a construir o Brasil do futuro dando mais competitividade às empresas brasileiras”, concluiu Lucchesi.
DESAFIO – Ao final da exposição, o presidente da frente, deputado Alex Canziani (PTB-PR), desafiou o diretor do Senai a incorporar a formação de professores na agenda de capacitação do Sistema S. “O maior desafio do Brasil é a educação e o professor é peça chave nesse desafio. O Brasil precisa mudar a formação de professores do País. Por que o Senai não contribui para utilizar essa competência para formar o professor que o Brasil precisa?”, questionou ele.
Ouça a íntegra da palestra clicando aqui.
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