Corpus Christi

Solenidade de Corpus Christi em Cornélio Procópio

 Neste 26 de maio, a Igreja Católica, em todo o mundo, comemora o dia de Corpus Christi. Nome que vem do latim e significa “Corpo de Cristo”. Este ano, as paróquias de Cornélio Procópio se uniram para uma única celebração no Ginásio do Coleginho, sendo realizado as 15h. Logo após, os fiéis, mais de 3 mil pessoas seguiram em procissão pelas ruas até a Catedral Cristo Rei, onde houve Benção do Santíssimo.

A festa tem por objetivo celebrar solenemente o mistério da Eucaristia – o Sacramento do Corpo e do Sangue de Jesus Cristo. Tradicionalmente o Corpus Christi acontece na primeira quinta-feira depois do domingo da Santíssima Trindade ou 60 dias após o domingo de Páscoa.
A festa surgiu em Lieja, Bélgica, um Movimento Eucarístico cujo centro foi a Abadia de Cornillon fundada em 1124 pelo Bispo Albero de Lieja. Este movimento deu origem a vários costumes eucarísticos, como por exemplo a Exposição e Bênção do Santíssimo Sacramento, o uso dos sinos durante a elevação na Missa e a festa do Corpus Christi. Santa Juliana de Mont Cornillon, naquela época priora da Abadia, foi a enviada de Deus para propiciar esta Festa.  Desde jovem, Santa Juliana teve uma grande veneração ao Santíssimo Sacramento.
A festa do Corpo e Sangue de Cristo, acontece sempre em uma quinta-feira, em alusão à Quinta-feira Santa, quando se deu a instituição deste sacramento. “O que come a minha carne e bebe o meu sangue, tem a vida eterna e, eu o ressuscitarei no último dia. Porque a minha carne é verdadeiramente comida e o meu sangue é verdadeiramente bebida. O que come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele. O que come deste pão viverá eternamente” (Jo 6, 55 – 59). Através da Eucaristia, Jesus nos mostra que está presente ao nosso lado, e se faz alimento para nos dar força para continuar. Jesus nos comunica seu amor e se entrega por nós. 
No Brasil, a festa passou a integrar o calendário religioso de Brasília, em 1961, quando uma pequena procissão saiu da Igreja de madeira de Santo Antônio e seguiu até a Igrejinha de Nossa Senhora de Fátima. A tradição de enfeitar as ruas surgiu em Ouro Preto, cidade histórica do interior de Minas Gerais.
A celebração de Corpus Christi consta de uma missa, procissão e adoração ao Santíssimo Sacramento.
A procissão lembra a caminhada do povo de Deus, que é peregrino, em busca da Terra Prometida. No Antigo Testamento esse povo foi alimentado com maná, no deserto. Hoje, ele é alimentado com o próprio Corpo de Cristo.
Em Cornélio Procópio, as ruas foram decoradas com tapetes confeccionados pelos fiéis de diversas paróquias da cidade.
Às 15h, foi celebrada a missa na quadra de esportes do Colégio Nossa Senhora do Rosário. Logo após, os fiéis, aproximadamente 3500 pessoas seguiram em procissão até a Catedral Cristo Rei.




Pascom Diocesana 
Mensagem de Dom Manoel
Esta é uma festa tipicamente católica. Acontece sempre 60 dias depois do Domingo da Páscoa, na quinta feira seguinte ao Domingo da Santíssima Trindade, em alusão à Quinta Feira Santa, quando Jesus instituiu o Sacramento da Eucaristia. Tem como objetivo professar a fé na presença real de Cristo na Eucaristia e adorá-lo de forma pública e solene.
Em quase todas as cidades do Brasil a celebração de Corpus Christi é marcada pelos tapetes de flores e serragem colorida nas ruas e pelas acorridas procissões. Esta é, aliás, a orientação da Igreja que assim prescreve: “Entre as procissões eucarísticas adquire importância e significado especiais na vida pastoral da paróquia ou da cidade a que costuma ser realizada cada ano na solenidade do Corpo e do Sangue de Cristo ou outro dia mais apropriado perto desta solenidade. Convém pois, que, onde as circunstâncias dos tempos atuais o permitirem e onde puder ser realmente um sinal de fé e adoração da comunidade, esta procissão seja mantida, segundo a determinação do direito”.
         A solenidade de Corpus Christi foi instituída pelo Papa Urbano IV em 1264. Na época as discussões sobre a presença real de Cristo na Eucaristia eram muito acirradas.
Durante os nove primeiros séculos de sua história os cristãos acreditaram, sem maiores sobressaltos, na presença real de Cristo sob as espécies de pão e de vinho. São muitos os testemunhos que comprovam esta fé.
"A Eucaristia é a carne de nosso Salvador Jesus Cristo, que sofreu por nossos pecados e que, em sua bondade, o Pai ressuscitou" (Inácio de Antioquia, Esmirn. 7,1).
"Não recebemos a Eucaristia como pão ordinário ou como uma bebida comum. Mas precisamente como nosso Salvador Jesus Cristo se fez carne pela Palavra de Deus e teve uma carne e sangue para a nossa salvação, da mesma forma também nós aprendemos que o alimento eucaristizado pela palavra de oração recebida dele é a carne e o sangue de Jesus encarnado, alimento que sendo assimilado alimenta a nossa carne e o nosso sangue" (Justino, 1 Apol. 66,2).
A partir do século IX começam a surgir dúvidas e problemas. Teólogos, na tentativa de explicar o "como" Cristo está presente nas espécies de pão e vinho, chegaram a conclusões muito duvidosas, para não dizer errôneas.
Alguns, cujo representante mais destacado é Pascásio Radberto, optando por um realismo antropofágico, afirmavam que o pão e o vinho, depois da consagração, são o verdadeiro corpo e o verdadeiro sangue de nosso Senhor Jesus Cristo, sensivelmente tocados e partidos pelas mãos dos sacerdotes e materialmente triturados pelos dentes e digeridos pelo estômago dos fiéis.
Outros, capitaneados por Berengário de Tours, aderindo a um simbolismo nominalista, afirmavam que a Eucaristia não é verdadeira e substancialmente corpo do Senhor, mas é chamada assim só de nome, porque seria como sombra e figura representativa do corpo e sangue do Senhor.
Fugindo da radicalidade de uma e de outra posição, e ao mesmo tempo, mantendo todo o realismo da presença de Cristo na Eucaristia, teólogos como São Tomás de Aquino, desenvolveram a doutrina da transubstanciação, acolhida, no Concílio de Trento, pelo Magistério da Igreja católica, como expressão mais adequada para explicar o mistério da presença real de Cristo sob as espécies de pão e de vinho.
"Em primeiro lugar, o santo Sínodo ensina e professa aberta e simplesmente que, no sublime sacramento da santa Eucaristia, depois da consagração do pão e do vinho, Nosso Senhor Jesus Cristo, verdadeiro Deus e [verdadeiro] homem, está contido verdadeira, real e substancialmente sob a aparência das coisas sensíveis. Pois não há contradição nisto, que o mesmo nosso Salvador esteja sempre sentado à direita do Pai nos céus, segundo o modo natural de existir, e que, não obstante, esteja para nóssacramentalmente presente em sua substância, em muitos outros lugares (DzH 1636).
         Em tempos recentes, alguns teólogos achando que o termo transubstanciaçãojá não seria o mais apropriado para expressar a "singular mudança de toda a substância do pão no corpo e de toda a substância do vinho no sangue, permanecendo apenas as espécies de pão e vinho", propuseram como alternativa os termos transignificaçãoetransfinalização. O Papa Paulo VI, no entanto, em sua carta encíclica Mysterium Fidei, reafirma que o termo transubstanciação continua sendo mais adequado para expressar nossa fé na presença real de Cristo na Eucaristia. Segundo o Papa, o pão e o vinho adquirem uma nova significação e uma nova finalidade, justamente porque depois datransubstanciação passaram a ser uma nova realidade.

FOTOS:









 

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

CORONA VÍRUS