Romanelli garante realização de várias audiências públicas para debater pagamentos dos servidores
O líder do governo na Assembleia Legislativa, deputado Luiz Claudio
Romanelli (PSB) explicou, nesta terça-feira (4), que as emendas à
proposta de Lei de Diretrizes Orçamentárias do Estado para 2017 que
preveem a suspensão do reajuste salarial dos servidores públicos não
serão votadas em regime de urgência. De acordo com Romanelli, as
propostas serão amplamente discutidas com a sociedade e com as entidades
representativas dos servidores públicos, em audiências públicas. “Quero
garantir que vamos dialogar, como sempre fizemos. Vamos conversar com
todos os sindicatos, com os técnicos do governo e aprofundar a discussão
com racionalidade, com fundamento. Não haverá atropelos na votação”,
disse.
Romanelli esclareceu que as emendas enviadas pelo Poder Executivo
adequam a Lei de Diretrizes Orçamentárias ao PLP 257, que estabelece que
as despesas com a folha de pagamentos e custeio não pode ser superior a
inflação em 2017.
“Vamos aguardar a votação do PLP 257 no Senado e debater muito bem essa
questão. A aprovação desse projeto obriga o Governo do Estado a fazer
escolhas, uma delas é priorizar o pagamento das promoções e progressões.
O governo pretende pagar a partir de janeiro de 2017 todas as promoções
e progressões que estiverem vencidas até dezembro e, além de implantar
as de janeiro, fazer os pagamentos sucessivos nos meses do exercício de
2017. A partir daí, faz-se a implantação do reajuste previsto pela data
base”, explicou.
O líder do governo esclarece que não haverá congelamento de salários.
“Todos os servidores ativos receberão promoções e progressões e os
atrasados. E o reajuste vem ainda no exercício de 2017. Ele fica apenas
adiado. A implantação de todas as promoções e progressões. No total,
serão quitados R$ 1,4 bilhão em benefícios vencidos até dezembro de 2016
e a vencer no ano que vem. É preciso lembrar que a maior parte dos
estados brasileiros está há três anos sem conseguir nenhum real de
reajuste e 20 estados brasileiros estão sem pagar os salários em dia,
atrasados ou parcelados”, analisou
Segundo Romanelli, a discussão deve ser nortada pelo interesse público.
“A população paranaense espera investimentos e serviços públicos de
melhor qualidade. A realidade é que a economia do país vai mal. O
orçamento é formado pelas receitas públicas e pelas despesas. Para pagar
o reajuste salarial e mais as promoções e progressões, seriam
necessários R$ 3,5 bilhões. A realidade é que não é possível pagar as
promoções e progressões atrasadas e ao mesmo tempo conceder o reajuste.
Não se tem receita para isso. O custo disso é inviável.”, afirmou.
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