RATINHO JUNIOR ASSUME O GOVERNO DO PARANÁ PELA SEGUNDA VEZ

Reeleito, Ratinho Junior propôs grandes mudanças para seu segundo governo. 


Perfil: Pai de Ratinho lhe pediu “seriedade”: relembre a trajetória do governador reeleito pelo Paraná
Primogênito do empresário, apresentador de televisão e ex-deputado federal Carlos Roberto Massa, conhecido como Ratinho, e Solange Martinez, Carlos Massa Ratinho Junior (PSD) tem 41 anos de idade e se tornou, quando da primeira posse em 2019, o segundo líder mais precoce (37 anos e 8 meses) da História do Paraná desde o estabelecimento do sufrágio universal para governadores. Empossado em 31 de janeiro de 1966, Paulo Cruz Pimentel ainda ostenta a primeira colocação como o governador mais jovem (37 anos e 5 meses) a assumir o governo estadual pelo voto popular. Pelo critério da naturalidade, Ratinho Junior tem a vanguarda, pois nasceu no Paraná, enquanto Pimentel provém de Avaré, interior paulista.

Natural de Jandaia do Sul, casado com a empresária Luciana Saito Azevedo, com quem tem três filhos, o governador é admirado pelo pai, que trabalha em São Paulo, mas reside na capital paranaense. Ratinho (pai) percebeu as tendências políticas do filho quando este tinha 18 anos de idade. Ao apresentar o programa radiofônico “Microfone Aberto”, o pai notou o gosto de Ratinho Junior pelas temáticas políticas. Cerca de um ano mais tarde, ele manifestou o desejo de ser candidato a deputado estadual. “Você quer ser deputado, eu lhe ajudo”, assegurou Ratinho ao filho, “desde que você faça um trabalho sério”. Ratinho Junior lhe garantiu o compromisso, prometendo a seriedade cobrada e um trabalho melhor do que o pai havia realizado nas Câmaras Municipais de Jandaia do Sul e Curitiba, e também no Congresso Nacional como deputado federal. Ratinho financiou completamente a primeira campanha do filho. Aos 21 anos de idade, Ratinho Junior chegou à Assembleia Legislativa do Paraná como deputado estadual pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB).

Ao contrário de outras famílias de políticos, no máximo Ratinho chega a pedir votos para o filho e o aconselhar, não se intrometendo na vida pública de Ratinho Junior, nem indicando “quem ele deve empregar, o que ele deve fazer”. Ratinho opina apenas em algumas das propagandas oficiais, enviadas pelo filho governador para saber se o pai as aprova ou não para veiculação nas mídias. Quanto ao futuro, não existe um diálogo entre pai e filho sobre o “amanhã” na política. Segundo Ratinho, “ele (Ratinho Junior) diz que vai terminar o mandato sendo o melhor governador que já passou pelo Paraná”, pois “o sonho dele é esse”. O pai do governador confessa “ter muito orgulho do governo” do filho, considerando-o “o mais transparente do Brasil”.


Reeleitos

Desde a posse de Francisco Xavier da Silva, primeiro presidente eleito do Estado, em 25 de fevereiro de 1900, Ratinho Junior se converteu no quarto governador a assumir um segundo mandato seguido no Paraná. Caetano Munhoz da Rocha (1920-28), Jaime Lerner (1995-2003) e Roberto Requião (2003-10) tiveram uma segunda oportunidade frente ao Palácio Iguaçu ao conquistarem a reeleição. O termo “governador” começou a ser empregado a partir da eleição de Moisés Lupion (1947-51).

Ratinho Junior assume o desafio de melhorar a eficiência da máquina pública

Líder da Coligação “A mudança não para, pra frente Paraná”, Ratinho Junior alcançou a reeleição no primeiro turno das eleições 2022 ao receber 3.319.139 votos, equivalente a 69,75% do total. A fim de fazer jus à maior votação da História para um governador, o ex-chefe da Casa Civil, Guto Silva, agora indicado para a Secretaria do Planejamento, diz que o Estado precisa gastar menos, “deixando a máquina pública mais eficiente, conseguindo atingir a população com mais infraestrutura, educação, saneamento de qualidade, sobretudo melhorar a vida das pessoas e levar oportunidade aos mais jovens”.

Segundo o secretário, o Paraná do futuro necessita “de mão de obra em abundância e qualificada” para atender “áreas descobertas, fazendo esse equilíbrio para que o estado siga adiante”, potencializando a força trabalhista em conhecimento, informação, “atraindo empresas de ponta para gerar empregos e, naturalmente, um caminho virtuoso para melhorar a vida da população” que depositou confiança em mais um mandato do governador.

Antes da promulgação da Constituição de 1988, as posses de governadores ocorriam em 15 de março. A partir de 1995, as cerimônias de posse e transmissão de cargo passaram a acontecer no primeiro dia do ano. Todavia, em 28 de setembro de 2021, o Congresso Nacional aprovou a Emenda Constitucional n.º 111, alterando novamente os dias de posse dos Executivos Federal e Estadual. O Artigo 4.º determina que “o presidente da República, governadores de Estado e do Distrito Federal eleitos em 2022 tomarão posse em 1.º de janeiro de 2023, e seus mandatos durarão até a posse de seus sucessores, em 5 e 6 de janeiro de 2027, respectivamente”

Fonte: Por Ruben Holdorf, especial para a Gazeta do Povo

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