Exigências de Osmar Dias dificultam acordo no Estado do Paraná
Dias exige que Gleisi Hoffman, mulher do ministro Paulo Bernardo, desista da candidatura ao Senado para ser a candidata a vice-governadora na chapa dele. Outra exigência do senador é que o governador Orlando Pessuti (PMDB) também desista do projeto de reeleição para apoiá-lo. "O que o Osmar Dias quer é impossível", resume Henrique Eduardo Alves.
O governador Orlando Pessuti contou ter dito, na reunião de hoje de manhã, que aceitaria sair da corrida pelo governo do Estado para apoiar o projeto de eleição do governo. "O PMDB me pediu, a Dilma (Rousseff, presidenciável petista) me pediu através do presidente do PT, José Eduardo Dutra. O presidente Lula me pediu, através do deputado Michel Temer. Então, em nome da unidade, eu aceitei abrir mão para apoiar o Osmar Dias", disse Pessuti, no final da reunião.
Osmar Dias, segundo relato do governador do Paraná, agradeceu o apoio oferecido por ele, mas disse que não aceitaria um acordo se Gleisi Hoffman não fosse a vice dele na chapa. Gleisi e o PT, no entanto, estariam irredutíveis quanto a isto. O presidente do PDT, Carlos Lupi, está reunido com o senador Osmar Dias tentando convencê-lo de repetir no Paraná a aliança de partidos da base fechada em âmbito nacional em torno da candidatura de Dilma Rousseff à Presidência da República.
O deputado Henrique Eduardo Alves adiantou que, se Osmar Dias não fechar o acordo, a solução será o PT apoiar a candidatura de Orlando Pessuti ao governo, tendo Gleisi Hoffman e Roberto Requião (PMDB) como candidatos ao Senado. "Enquanto não acontece um entendimento, nós vamos fazer o que já estava ajustado e vamos tocar a nossa candidatura", completou Pessuti. PSDB
Na última sexta-feira, Osmar Dias fez uma consulta à Executiva do PDT pedindo autorização para formar aliança com o PSDB. Neste caso, ele seria candidato à reeleição ao Senado na chapa encabeçada por Beto Richa, candidato ao governo. Dias é antigo aliado dos tucanos no Estado, mas se afastou deles com o propósito de ser candidato ao governo.
O estatuto do PDT determina, porém, que as chapas estaduais devem ser autorizadas pelo diretório nacional. Assim, a cúpula do partido é que dirá se Osmar Dias poderá ou não se aliar aos tucanos. E, caso seja autorizado, se poderá ou não subir no palanque do presidenciável tucano José Serra, uma vez que o PDT anunciou apoio a Dilma Rousseff. AE
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