Paqrue Tecnológico Norte do Paraná
Definida área de implantação. Doação da metade pelo dono das terras e e outra metade adquirida pela Prefeitura Municipal
A área para implantação do Parque Tecnológico Norte do Paraná, em Cornélio Procópio, já está definida. É um terreno de seis alqueires que fica às margens da BR-369, na saída para Santa Mariana, em frente ao Parque de Exposições da Sociedade Rural. Metade da área foi doada pelos proprietários do imóvel e a outra metade será adquirida pela prefeitura. A expectativa é que a negociação se concretize até o final deste ano.
O sonho de se criar o parque surgiu após a criação da incubadora de base tecnológica no Campus da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), na cidade, em 2007. O projeto foi inspirado em outras experiências semelhantes existentes no Brasil, como por exemplo em Florianópolis, Recife, Rio de Janeiro, e na cidade de Santa Rita do Sapucaí, em Minas Gerais. Hoje, a cidade mineira de apenas 35 mil habitantes tem um dos maiores parques tecnológicos do Brasil, com 152 empresas de base tecnológica que empregam mais de 10 mil pessoas, cujo faturamento ultrapassou R$ 2,1 bilhões em 2012.
A pretensão do Parque Tecnológico Norte do Paraná é bem mais modesta em termos de investimentos, pelo menos no início, mas quer ser referência nacional na geração e atração de empresas de base tecnológica. O professor Eurico Pedroso de Almeida Junior, diretor de relações empresariais e comunitárias da UTFPR, em Cornélio Procópio, estima que os investimentos na iniciativa devem chegar a R$ 50 milhões nos primeiros cinco anos.
Apesar de aparentemente pouco em comparação com outras experiências desenvolvidas no País, o professor acredita que a implantação do novo parque vai mudar o perfil econômico do Norte Pioneiro, trazendo mais desenvolvimento para a região, que hoje tem carência de mão de obra especializada e um dos menores Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) do Estado.
Um dos principais objetivos do novo parque é evitar a evasão de empresas que nasceram na incubadora da universidade e da mão de obra formada nas instituições de ensino superior da região. Hoje, há exemplos de algumas empresas que se transferiram para São Paulo e Rio de Janeiro, onde encontraram melhores condições para realizar seu trabalho. São empresas inovadoras e que geram dezenas de empregos.
O parque quer atrair empresas de tecnologia já existentes e ceder espaço para novas empresas que nascerem nas incubadoras tecnológicas das universidades da região. Almeida diz que o parque terá empresas em diversas áreas da engenharia, de biotecnologia, de agronegócio e de tecnologia de informação. Ele faz questão de esclarecer que o parque tecnológico não é um parque industrial ou um condomínio de empresas, que tem características próprias. "As empresas que vão se instalar no parque tecnológico devem gerar inovação e conhecimento", esclarece.
De acordo com o projeto, o novo parque poderá ter até 100 empresas de médio porte, em longo prazo. O professor diz que será satisfatório se ao menos 10 empresas se instalarem no local nos próximos cinco anos. Um dos atrativos dos empreendimentos será a disponibilidade de laboratórios em suas áreas de atuação.
O professor estima que serão necessários cerca de R$ 12 milhões de investimento inicial para implantação do novo parque tecnológico. Ainda este mês, a Universidade Federal Tecnológica deverá entrar com um pedido de financiamento entre R$ 2 milhões a R$ 5 milhões, o que vai permitir a construção da sede central, das salas de reuniões e de videoconferência, auditórios e restaurante.
Almeida diz que a instalação do parque tecnológico não causará impactos ao meio ambiente porque as empresas são de um segmento considerado limpo, que se preocupam com a sustentabilidade, ou seja, que não geram poluição. (Redação Folha Web / reportagem de Eli Araújo)
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