MEIO AMBIENTE

Prefeitura de Cornélio Procópio proíbe Fracking

Na último dia 13, a prefeita de Cornélio Procópio, Aurora Fumie Doi, sancionou a Lei 372/2016 que proíbe emissão de alvará para operações de de fratura hidráulica – fracking – e refraturamento hidráulico – re-fracking. Essa tecnologia consiste em uma exploração do subsolo, que é altamente abusiva e poluente.
Sobre a medida, Aurora afirma: “A preocupação com a exploração do meio ambiente deve ser responsabilidade de todo cidadão e também dos poderes constitucionais. Em Cornélio Procópio, a Lei mostra a preocupação da administração pública e do Legislativo de não permitir a exploração pelos métodos de fratura hidráulica – ‘fracking – e refraturamento hidráulico – re-fracking’, pois esses métodos provocam danos ambientais e podem causar grande mal à população”.
A Lei proposta pelo Legislativo municipal e assinada pelos vereadores Fernandinho Peppes, Edimar Gomes, Vanildo Sotério e Rafael Haddad, proíbe aquisição de alvará para outorga de água, tráfico de caminhões com produtos químicos, queima de gases da atmosfera e testes para aquisição sísmica ou similares no município, entre outras providências.
Existe uma mobilização na região para que as cidades do Norte Pioneiro, região que ainda não teve o subsolo vendido pela Agência Nacional de Petróleo e Gás (ANP) para exploração, não cedam. “Estamos mobilizando os movimentos sociais e lideranças políticas e religiosas nas cidades de Assaí, Nova Fátima, Andirá e Itambaracá que já estão debatendo o tema”, afirma Izabel Cristina Marson, professora e voluntária da Campanha Não Fracking Brasil na região.
 
Método Abusivo 
 
Fracking é o método não convencional que utiliza milhões de litros de água, misturados a areia e um coquetel de mais de 720 substâncias tóxicas, cancerígenas e até radioativas para explodir a rocha que está a grandes profundidades e liberar o gás metano. Parte do  fluído tóxico permanecesse no subsolo e contamina os aquíferos. O que retorna à superfície polui o ar, torna o solo infértil para agricultura e pecuária e provoca infertilidade nas mulheres, abortamentos e nascimentos prematuros. Além dos impactos ambientais, econômicos e sociais, o fraturamento hidráulico também provoca terremotos e intensifica as mudanças climáticas.
 
Ação Preventiva
A legislação para banir o fraturamento hidráulico foi elaborada pela COESUS – Coalizão Não Fracking Brasil pelo Clima, Água e Vida – e 350.org Brasil e América Latina, que desenvolvem campanha nacional contra a utilização desta tecnologia. Em 2013, ANP leiloou o subsolo de 372 cidades em 15 estados brasileiros para extração de gás de xisto pelo método não convencional. No Paraná, a ANP colocou 122 cidades na rota do Fracking sem consultar os moradores, gestores públicos, parlamentares, lideranças políticas, religiosas e ambientais, sindicatos, setor produtivo e academia.
 
Mais informações no Link: http://naofrackingbrasil.com.br/o-que-e-fracking/(Comunicação / Prefeitura de Cornélio Procópio com informações de Silvia Calciolari - Jornalista da CAMPANHA NÃO FRACKING BRASIL)

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