Curso leva aos produtores os benefícios da agricultura orgânica


Realizado na subprefeitura do Distrito de Congonhas, próximo a Cornélio Procópio, o curso “Trabalhador na Agricultura Orgânica”, promovido pelo Sindicato dos Produtores Rurais de Cornélio Procópio e SENAR/PR, trouxe aos pequenos produtores informações básicas sobre a agricultura orgânica e suas vantagens para a melhoria da renda familiar.

Ministrado pela engenheira agrônoma Juliana Pitwak, o objetivo do curso é divulgar a agricultura orgânica e introduzir nas pessoas que tem vontade de trabalhar com essa forma de cultura os conceitos corretos no manejo da propriedade, quais as principais mudanças a serem feitas no local, a consciência ambiental e ecológica e a viabilização financeira da propriedade por parte do produtor. “Abordamos durante o curso a conversão de uma propriedade convencional para uma propriedade orgânica; os princípios da agricultura orgânica; o manejo de pragas, doenças, manejo de solo; fertilidade; física de solo e a certificação da propriedade”, disse.

Segundo Juliana, a certificação dá credibilidade ao produto daquela propriedade. “Se você tem uma produção orgânica e sabe que ela é de qualidade, a conseqüência é você obter um selo de certificação, pois as empresas têm a idoneidade de certificar essa propriedade. E este selo faz com que o seu produto possa ser comercializado e visto por outras pessoas que não conhecem sua propriedade como uma propriedade orgânica, oferecendo assim a eles confiança no produto”, ressaltou a agrônoma.

Florindo Picoloto, produtor de Cornélio Procópio diz que o curso veio alimentá-lo de algo que não tinha conhecimento por completo. “Sabemos que tudo que você adquire experiência e sabedoria, nos traz muito benefício no futuro. Todas as pessoas têm seu pedacinho de terra no quintal de casa e com esse curso vamos poder transformar nossa cultura em uma cultura orgânica. Hoje, com muito uso de defensivos e venenos, acaba acarretando um produto menos saudável para o consumo, já a cultura orgânica torna-se uma alternativa que traz qualidade de vida a todos nós. Até uma pequena horta no fundo de casa ajuda na complementação do salário mensal de uma família”, afirmou.

Iracilda Basso Massucato, moradora do Distrito de Congonhas, tinha um pouco de prática de como criar uma horta a partir da produção orgânica, mas com o curso descobriu dicas que não sabia para aprimorar ainda mais a produção. “Inclusive, eu tenho um pé de pimenta em casa e as pimentas estavam caindo e eu não sabia qual era o problema. A instrutora me ensinou, apliquei em casa e solucionou o problema. É primeira vez que participo destes cursos, mas pretendo estar presente sempre e até difundir minha idéia de criar um grupo de culinária aqui na região”, salientou. “Estamos muito contentes com o atendimento do Sindicato, que sempre está disposto a ajudar o pequeno e médio produtor, com cursos de capacitação que trazem alternativas viáveis para o campo e para a renda familiar”, avaliou Florindo.

Ainda sobre a certificação, ponto principal da agricultura orgânica, Juliana diz que o selo de qualidade agrega valor ao produto e mostra ao produtor a importância de embasar seu conhecimento e aplicar no campo. “Com os cursos oferecidos pelo SENAR/PR de introdução à agricultura e de olericultura orgânica o produtor adquire uma noção inicial e desmistifica também alguns tabus, como em relação à contaminação. Muitas pessoas acreditam que os orgânicos são contaminados por esterco de animal, mas tanto o convencional, quanto o orgânico, não exime a pessoa de ter que higienizar seu produto”, reforça.

O curso mostrou para os participantes que é importante aplicar a agricultura orgânica, desde de uma horta caseira até uma horta profissional. “Talvez uma simples horta caseira pode se transformar em uma fonte de renda. Se você começa a produzir, começa a ter o cultivo pra família e aí sobra, você tem um excedente pra venda. Se você tem uma propriedade, se capacite e invista nela e se você não tem, seja capacitado para trabalhar para alguém que tenha. Esse é o objetivo: trazer informação e esclarecimento para fazer com que as pessoas se mecham e tenham autonomia de aumentar sua renda, contribuindo inclusive com a agricultura familiar do município”, concluiu a agrônoma Juliana. Da Assessoria de Comunicação/Laiz Auriglietti

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